Os estrangeiros a visitar o Japão vindos de países onde a cultura da B.D. é subdesenvolvida ficam chocados com o incrível mar de Manga Japonesa, que têm estudantes universitários e intelectuais entre os seus leitores. Ainda que esses estrangeiros recuperem desse choque inicial para acordarem para os prazeres da sua leitura regularmente continuam confusos com o género da B.D. feminina, ou Manga Shojo. Parece que é difícil aos estrangeiro conceber a ideia de um género especial produzido especialmente para as leitoras do sexo feminino, centrando-se em historias de amor, e executadas num estilo próprio.

The uma forma geral, A Mangas Shojo têm as seguintes características.

Primeiro, mais de 90% dos que escrevem e leiem Mangas Shojo são Mulheres. Tendo começado nos finais dos anos 70 com as chamadas obras "New Wave" ("Nova Onda") que discutiremos mais à frente, as Mangas Shojo adquiriram um certo numero de leitores masculinos, mas mesmo assim a leitura não se expandiu para além dos leitores aficcionados. Parte da explicação para o aparecimento de um genro totalmente dedicado ao sexo feminino pode ser encontrado na vastidão do mercado Japonês como um todo. Outra razão é que a "cultura feminina" e a "cultura masculina" sempre ocuparam uma esfera diferente na cultura Japonesa.

Segundo, os temas principais das Mangas Shojo incluem novelas dramas de relações entre mãe e filha, histórias de jovens adolescentes a chegarem à fama, e histórias de amor. A estrutura melodramática tende a ser previsível, da mesma forma que Telenovelas ou romances de amor baratos o são.

Terceiro, os nomes, aparências, e situações das Mangas Shojo são ou imaginárias ou pseudo-ocidentais em inspiração. A fascinação Japonesa nas Mangas Shojo pelo ocidente podem ser observadas desde o período Meji - uma característica que empresta a si própria a criação de um espaço narrativo fora da experiência do Japão do dia-a-dia. Os personagens são desenhados de forma muitos exagerada, com os olhos enormes que muitas das vezes ocupam até um terço da cara. O seu cabelo é por norma Loiro e encaracolado e as suas pernas são longas e extremamente compridas. Eles representam um tipo de modelo Japonês ideal da mulher Caucásica e por isso por norma não apresenta os narizes proeminentes e os peitos e ancas largas típicos destas.

Quarto, a Manga Shojo têm um conjunto único de códigos semióticos. Ao contrario das Mangas masculinas, que avançam de uma forma linear de uma vinheta para a seguinte, a Manga Shojo emprega uma progressão narrativa irregular e faz uso livre de formas modificadas de vinhetas. Existem vinhetas sem bordo, rectângulos extremamente longos verticais ou horizontais, retratos dos protagonistas sobrepostas no topo de varias vinhetas separadas, e padrões floridos usados para decorar o fundo por detrás dos personagens.

O uso da imagens de personagens sobrepostos por cima de varias vinhetas e os fundos decorativos é um estilo que data desde o pré-guerra em revistas femininas de moda. No entanto, as Mangas Shojo são distintas na sua forma expressiva de contar histórias. No seu famoso livro sexual sobre Sexual Signatures: On Being a Man or a Woman, John Money e Patricia Tucker expunham que a pornografia orientada a homens é caracterizada por exposições imediatas do sexo oposto, enquanto que a pornografia para o sexo feminino tende-se a fazer através do mesmo sexo. Algo muito similar pode ser observado no amor romântico. Na Mangas Shojo, as historias de amor são retratadas através do exagero e idealização dos protagonistas que são do mesmo sexo que as leitoras.

Um Pequena historia das Mangas Shojo

As primeiras Mangas Shojo merecedoras desse titulo começara a aparecer por volta dos anos 50. Anterior a essa altura só existiam Manga Líricas muito como no pré-guerra escritas por homens e publicadas nas revistas de senhoras. Em meados dos anos 50 a revista para jovens adolescentes começaram a publicar activamente em massa B.D., tal como as revistas dos rapazes, partiram serem basicamente para a educação e entretenimento para a actual Mangas. Até então muito poucas mulheres tinha um carreira profissional e dai existirem muito poucas artista de Mangas. Por esta razão a grande maioria das B.D.s produzidas para o sexo feminino era produzido por homens como Tezuka Osamu e Yokoyama Mitsuteru. O "Knight in Ribbons" de Tesuka contava a exploração de uma mulher cavaleira por parte de um homem. Este trabalho foi altamente influenciado pelo "só mulheres" Takarazuka Revue, onde as mulheres representavam os papeis masculinos, e provia a jovens com um espaço imaginário para no qual projectarem os seus desejo de libertação das divisões repressivas do géneros sexuais.

Os meados dos anos 70 viram o emergir de "New Wave" Mangas Shojo, que incluíam artistas nos seus meados de vinte anos como Hagio Moto, Takemyia Keiko, Oshima Yumiko, e Yamagishi Ryoko. Estas artistas pertenciam à geração que tinha crescido no pós-guerra. Elas produziram Manga sobre Ficção Cientifica, fantasia, e paixões adolescentes. As historias de jovens rapazes homossexuais apaixonados um pelo outro parece ter sido recebido como mais romântico que a simples realidade do romance Heterossexual e também possibilitou às artistas expressarem-se mais livremente a sua criatividade. Desnecessário será dizer, estas historias de romances homossexuais eram também contadas num imaginado cenário Ocidental. Estas novas obras foram além dos fronteiras da Manga Shojo como até então acontecia, e libertas da imperativa " gosto de senhoras" foram capturar uma significativa audiência masculina. Como resultado, múltiplas artistas de Manga femininas começaram a ser comissionadas para escreveram para revistas de Homens e rapazes.

Com a crescente especialização das revistas de Mangas nos anos oitenta as editoras começaram a competir para lançarem mais e mais novas revistas. Enquanto, a Manga para o sexo feminino era escrito até então com crianças em mente, um novo mercado começou a se desenvolver intencionado às mulheres adultas. Estas novas revistas tratavam assuntos românticos adultos, casamento, e temas sociais e históricos que não seriam apropriados como Manga Shojo. Num Inglês ajoponesado estas são conhecidas como "Redizu Komikku" ou "Ladies Comics" ( "B.D. para senhoras").

Nos finais dos anos 80 viu-se surgir revistas de Manga pornográficas com as senhoras em mente. Elas foram editadas por editoras menores mas logo roubaram ás mangas para senhoras mais moderadas audiência. Estas Mangas tratam de temas como, incesto, lesbianismo, escatologia e necrofilia. Ainda assim, mesmo com estes conteúdos pouco ortodoxos, nem todos o trabalhos ensaiam estes tipos reaccionárias de sexo. Muitas delas incorporam uma visão progressiva da sexualidade promovendo direitos humanos e a liberação das mulheres.





 

 

 

 



Rumiko Takahashi
(n. 1957, Japão)

 

 

 

 

 

 

 

Rumiko Takahashi é uma das mais importantes mangaka (artista de manga) no Japão, é conhecida como a Princesa da Manga. Aos seus dezoito anos, Takahashi entrou num colégio para senhoras de Tokyo, onde frequentou um curso de seis meses sobre técnicas de manga.Em 1978, ganhou o titulo de Autor revelação. Ela decidiu fazer da manga a sua profissão e fez a sua estreia com a história 'Katte Na Yatsura'. O seu trabalho seguinte foi a série 'Urusei Yatsura', que apareceu na revista de manga Shonen Sunday. Esta serie muito bem sucedida durou nove anos.

Com 'Maison Ikkoku', Takahashi explorou outro tipo de manga, nos quais os personagens têm de se enfrentar com problemas do dia a dia. NO final desta começou 'Ranma 1/2', a sua obra mais longa. Outros titulos de Takahashi são'Mermaid Saga', ('A floresta da sereiat', 'A cicatriz da sereia', and 'A promessa da sereia') e'O Mundo Rumic'.

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